sexta-feira, 10 de agosto de 2012

E ninguém acredita


        Já se passaram mais de dois milênios, e muita gente continua colocando a prêmio o seu Espírito, que espera contrito uma solução para sair do mundo invisível e mostrar-se à luz.




                     E ninguém acredita

Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem.

Epístola de Judas, cap. 1:10.

O mundo humano,

Está sentado num trono,

De completa bestialidade.


A maior parte ainda está,

Entre o Ser e o não ser,

Pois não quer viver.


Seu interior é um inferno,

Mas acha que vive no eterno.


Sua composição mineral,

Como a vegetal e animal,

Está completamente morta,

E sempre disposta,

A assim permanecer.


O homem simplesmente sonha,

Como uma planta risonha,

E só se sensibiliza,

Quando a dor ou a ferida,

É em si próprio.


Ele imagina ver,

E mesmo nesta fase crer,

Que existe.


 
Ele ainda está morto,

No minério exposto,

Em todo o seu corpo.


Ele ainda está no abandono,

Entre os animais e seus intermediários,

Sem cogitar dos cenários,

Do que é verdadeiramente Humano.


Qual animal vestido,

Acompanha através do sentido,

A rota do progresso,

Mesmo estando imerso,

Em si mesmo.


Anda num carro do ano,

Usa a roupa da moda,

Mora nos grandes cartéis,

Mas se encontra nos vergéis,

De sua involução.


Faz faculdade, faz curso,

Segue sem dificuldade o curso,

Das coisas mundanas.

Copia tudo o que é terreno,

Para ele isto é fácil,

Pois a argila é o seu reino.


É nesta areia movediça,

Que sua inércia transita,

Com toda facilidade.


O seu deus é o dinheiro,

Coisa que por sinal,

Para ele é o ideal.


Ele subiu do abismo,

Onde desceu por causa do cinismo,

Por culpa do completo egoísmo,

Escrito em sua mente.


Agora o momento é de ascensão.