ACESSO DE
RAZÃO
18 Fui
crucificado, mas eis-Me aqui: Estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as
chaves da morte e do inferno.
Apocalipse de
JESUS, segundo João, cap. 1:18.

JESUS Ressuscita

Obra de Noel Coypel, pintor francês (1628-1707).
Pode alguém em
completa razão
Querer
diminuir o tempo de vida
Na presente
encarnação
Sem o aval do
DEUS da Criação?

Acha mesmo
correto
Dar um rumo
incerto
À própria vida
Que está
contida
No Livro da
Eternidade?
Quem pode ter o
direito
De tirar antes
do tempo
A vida do
corpo material,
Quando o seu
Dever
É sempre
viver?
“Dizeis:
darei só aos que precisam. Mas os vossos pomares não dizem assim; dão para
continuar a viver, pois reter é perecer.”
Khalil Gibran, escritor libanês
(1883-1931).
Quem pode
ousar
Descer ao
abismo
Impedindo o
exército celular
De obediente
completar
O seu ciclo no
corpo de carne?

Tem que ser
muito inconstante
Para
desobedecer por um instante
Ao Pai
Celestial,
Que gera toda
a existência
No Espaço Sideral.
“Se Deus não
existisse, seria preciso inventá-lo."

Voltaire, poeta, ensaísta, dramaturgo, historiador e filósofo iluminista francês (1694-1778).
Ninguém pode em sã consciência
Por fim a um composto carnal
Onde bilhões de vidas
Têm o seu habitat natural.

É só olhar uma fruta
Onde cada semente disputa
Um lugar para ficar
Porque não pode se despachar
Sem ferir a polpa.
Uma romã
Traz dentro de si
Muitos caroços,
Que não podem ficar expostos
Por vontade própria.
Tudo na Natureza
Mostra a grandeza
Do DEUS Universal.
E uma pessoa que raciocina
Não sabe que se destina
A uma Vida Eterna
E que a vida no corpo dela
Têm o direito de evoluir?
Não adianta
Sacrificar o corpo de carne.
Ele será levado ao vale,
Mas a decomposição
Dependerá da proporção
De quanto mais tempo tem
No atual casulo.
E o Espírito ali ficará
Até completar
O seu ciclo vital,
Vendo o corpo se desfazer
E remorso sofrer
Sem nada poder fazer.
“A
Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.”
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.”

Augusto
dos Anjos, poeta brasileiro (1884-1914).