
Beleza dos Santos
Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da visão são vaidade.
Livro do Eclesiastes, cap. 11:10.
Beleza celeste
É a que se compromete
Com as Ninfas Divinas
Que seguem as rimas
Da Caridade e da Verdade.
Beleza que sai da terra
Qualquer um
Pode moldar ela
Da maneira que quer.
Porém, a beleza do Alto
Não é algo abstrato,
Mas bastante concreto
Pelo seu correto
Modo de agir.
“Que venhas lá do céu ou do inferno, que importa,
Beleza! Ó monstro ingênuo gigantesco e horrendo!
Se teu olhar, teu riso, teus pés me abrem a porta
De um infinito que amo e que jamais desvendo?”.

Charles Baudelaire – Poeta Francês (1821 – 1867)
Beleza que a terra consome
Só tem um nome:
Inexistência,
Pois é só aparência
Banhada no ouro escuro
E se esconde no monturo
Da fassificação.
“Não sou por acaso um falso acorde
Nessa divina sinfonia,
Graças à voraz Ironia
Que me sacode e que me morde?”.

Charles Baudelaire – Poeta Francês (1821 – 1867)
Beleza que permanece
E, que, com frequência
Fica em evidência,
É a beleza dos Santos
Que por todos os cantos
Conquistaram os seus encantos
Na prática do Bem,
Na Terra e no Além.
