PALCO
DA POESIA
1 Depois
disso olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira
voz que ouvi como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para cá, e Eu te
mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.
Apocalipse de JESUS CRISTO segundo São João, cap. IV:1.
JESUS CRISTO O VIDENTE UNIVERSAL.
No
Palco da Poesia
Que
é o Coração Humano
Toda
pessoa se encontra
E
sempre demonstra
O
seu lado cordial
Por
ser afinal
Um
Todo Poético.
“A poesia não voltará a
ritmar a ação; ela passará a antecipá-la.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
A Vida é um Poema
Que vence o dilema
Da inexistência.
“Dos meus antepassados
gauleses tenho os olhos azuis pálidos, uma firmeza limitada e a falta de
habilidade na luta.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
Nele a pessoa aparece
Numa arena sem disputa
Na qual apenas se desfruta
A ação apta
No meio da massa compacta
Que quer mostrar porque
nasceu.
“A nossa pálida razão
esconde-nos o infinito.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
A
razão pode esconder o infinito,
Mas
o nosso Espírito
Retira
o véu
E
mostra o céu
Em
todo o seu esplendor,
Pois
é uma parte do TUDO
Em
torno do qual
Gira
o mais populoso Mundo
Que
volita na imensidão
Com
a sua População.
“O poeta faz-se vidente
através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
Através
do Verso
Ele
encontra o seu Teto
E
sai do inferno
Onde
só habita
Quem
ainda conflita
Com
o seu Eu.
“Acredito que estou no
inferno, portanto estou nele.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
É hora de sair
Do infinitamente pequeno
Ir ao infinitamente grande
E com galhardia
Conquistar a sua Carta de
Alforria.
“Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.”
Arthur Rimbaud (1854-1891).
Escritor e poeta francês.